O impressionismo foi um movimento que surgiu na pintura francesa do século XIX, vivia-se nesse momento a chamada Belle Époque ou Bela Época em português.
Começou com um grupo de jovens pintores que entre seus principais integrantes estão Claude Monet, Pierre Auguste Renoir, Alfred Sisley, Frédéric Bazille, Camille Pissarro, Paul Cézanne, Edgar Degas, Berthe Morisot entre outros.
Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os preceitos do realismo, da representatividade ou da academia, rompendo assim com as regras da pintura vigentes até então.
A busca pelos elementos fundamentais de cada arte levou os pintores impressionistas a pesquisar e não estavam mais interessados em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma.
Impressão: Nascer do Sol. A Visão que Mudaria Tudo
O nome do movimento é derivado da obra Impression, soleil levant, em português “Impressão: nascer do sol” (1872), de Claude Monet.
A tela representa o nascer da manhã no porto de Havre, com uma névoa cerrada sobre o estaleiro e os barcos e as chaminés ao fundo da composição. O termo surgiu quando foi feita uma crítica a esta tela pelo pintor e escritor Louis Leroy.
A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, dos impressionistas sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que os pintores pudessem capturar melhor as variações de cores da natureza.
Em “Impressão:Nascer do Sol”, Monet interessa-se pela luz e os seus efeitos na natureza, pinta as coisas como as vê, e não como as imagina ou pressente, privilegia a rapidez, a espontaneidade do traço, em detrimento da precisão do contorno.
As cores complementares como as tonalidades de azul e laranja, são privilegiadas pelo pintor, as pinceladas são rápidas, pois a luz muda depressa e a referência visual perde-se. Os impressionistas, como Monet, evitavam pintar de memória.
Para os impressionistas, as cores influenciam-se mutuamente, e tons complementares dispostos lado a lado tem um maior realce. As pinceladas não apresentam contornos definidos, as formas são mais sugeridas do que representadas.
Apesar da névoa, encontramos representados, elementos do porto, como guindastes e navios. Os reflexos mostram o movimento das águas, que estão crispadas. A composição é plana e bidimensional, claramente influenciada pela arte japonesa muito apreciada pelo grupo.
Se estou impressionado é porque há lá uma impressão
“E que liberdade, que suavidade de pincel!
“Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha.”
“Tratado por mão infantil de um escolar que traça pela primeira vez cores numa superfície qualquer”
A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e os seus colegas adotaram a designação de Impressionistas.
Pesquisadores afirmam que a obra foi uma homenagem a William Tuner devido a grande importância que Monet deu ao céu, característico do pintor Inglês.
A obra salva-se da primeira e da segunda guerra mundial no castelo de Chambord, escondida pelos proprietários do Museu Marmottan que posteriormente a recebeu através de uma doação.
A obra encontra-se no Museu Marmottan-Monet em Paris, depois de ter sido roubada em 1985 e recuperada em 1990 sem danos aparentes.
Impressione-se Você Também!
Você pode ter esta obra que é o símbolo de uma época e do movimento que marcou apaixonados por arte até a atualidade em sua decoração.
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Fontes: Marmottan Museu | Wikipédia
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